terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ombudsman - O representante dos cidadãos

Palavra de origem sueca, ombudsman, significa representante do cidadão. Nos países de língua portuguesa, e principalmente em empresas estatais brasileiras, a terminologia em português “ouvidor” e “ouvidoria” é a mais utilizada como substituto ao nome estrangeiro.cidadãos

A palavra foi inicialmente adotada pela imprensa norte americana na década de 60. No Brasil o termo foi utilizado somente no ano de 1989, quando o jornal a Folha de São Paulo, pela primeira vez na história do jornalismo latino-americano, passou a publicar semanalmente a coluna de seu representante dos leitores.

Em uma redação jornalística as funções do ombudsman são receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores; realizar a crítica interna do jornal e produzir colunas de comentários críticos sobre os meios de comunicação.

O ombudsman desempenha várias funções no local em que trabalha. Ele é ouvidor, crítico interno, colunista e analista da mídia. Atuando como ouvidor, o ombudsman precisa fornecer condições para que o público tenha fácil acesso a ele. Para isso são oferecidos vários canais de comunicação aos cidadãos, como cartas, fax, e-mail, telefonemas e, até mesmo, visitas ao escritório desse profissional.

O novo nicho de mercado para os ombudsman é o financeiro. A partir do mês de setembro de 2007 os bancos passaram a ter obrigatoriamente o ombudsman em seu quadro de funcionários.

A denominação de ombudsman é usada, principalmente, nos Estados Unidos, Canadá e Brasil, apesar de alguns outros países também usarem esta palavra para nomear a função. Para o exercício da função são requeridos os profissionais graduados em Jornalismo e em Relações Públicas.

Mas o que fica claro é que esta área ainda é pouco explorada e os Relações Públicas tem força para ser um representante desta categoria.

Outras informações podem ser obtidas através dos links abaixo:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/conheca/ombudsman.shtml

http://www.ombudsmaneoleitor.jor.br/template&ombudsman=secao=1.php

MARCOS PISSOLOTO

sábado, 22 de setembro de 2007

A importância do Relações Públicas na preservação da memória organizacional

O tema memória organizacional é de conhecimento ainda pequeno. Por ser pouco estudado no Brasil e em âmbito extra universidade, a maioria das empresas brasileiras não dão o devido valor à sua memória organizacional e o campo de atuação do profissional de Relações Públicas, como papel fundamental nesse tema, está em expansão no país.
Antes (e ainda hoje), a tarefa de trabalhar no "livro institucional" da empresa cabia ao(s) dono(s) e restringia-se à separação de papéis, fotos e outros registros históricos para sua composição. Em muitos casos, o "livro institucional" caia no esquecimento, no fundo das gavetas, por se achar que este não possui nenhuma utilidade.
O livro do professor da ECA-USP e presidente-executivo da Aberje, Paulo Nassar, lançado recentemente com o título "Relações Públicas na construção da responsabilidade histórica e no resgate da memória institucional das organizações" discute o tema memória organizacional e pontua uma nova perspectiva de atuação para os Relações Públicas.
O profissional tem como objetivo central a tarefa de trabalhar no resgate da memória e na construção da história da organização. É um processo profundo de autoconhecimento por trazer à tona o entendimento das origens e, assim, o futuro da empresa ser direcionado. Mais do que isto, a organização passa a perceber a importância de seus registros para a composição da história do país.
É uma tarefa mais ampla e complexa, na medida em que não somente buscam fatos, mas os analisam dentro do contexto interno organização e também no contexto histórico do país. Com isso, constrói-se uma identidade concreta da organização bem como sua imagem e sua reputação.
No link http://www.aberje.com.br/novo/acoes_artigos_mais.asp?id=402 , o autor, através de entrevista, fala sobre a importância da memória e do resgate organizacional e da importância do Relações Públicas de atuar nessa área em conjunto com profissionais de outras áreas.
Já o link http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=426AZL002, comenta o livro.
Uma excelente dica para conhecer esse campo de atuação!
Ótima leitura!
ERIKA BEATRIZ AMORIM SOUZA

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

DESCRIÇÃO DO CARGO DE ASSESSOR DERELAÇÕES PÚBLICAS

A matéria abaixo, escrita por um dos principais teóricos brasileiros sobre a atividade de Relações Públicas, embasa-nos a compreender a distorção de valores que ocorre no mercado de trabalho quando da necessidade do preenchimento de uma vaga de emprego.
O autor destaca algumas funções do profissional de RP à luz de referenciais teóricos e práticos das habilidades dos profissionais de RP.



Roberto Porto Simões
Professor da FAMECOS -– PUC/RS

O recrutamento de profissionais de Relações Públicas, através de anúncios nos jornais, tem revelado indícios de desconhecimento desta atividade por parte dos responsáveis pelo recrutamento, quer seja o próprio empresário, quer seja o encarregado pelos recursos humanos.
Se me permitem o exemplo, a fim de clarificar este ponto, o nível atual de solicitação de profissionais de Relações Públicas, comparando-se à medicina, seria o de solicitar um médico, com curso de auxiliar de enfermagem, para a única tarefa de aplicar injeções, ou seja, um absurdo. Porém os anúncios continuam, significando a necessidade, apesar dos erros de conteúdo e forma. Isso nos leva a inferir dois pontos:
*a potencialidade dos profissionais de Relações Públicas não está sendo corretamente explorada.
*talvez esteja acontecendo também com outras profissões, caso isso seja verdade.
Dito de outro modo, a empresa não está sendo eficaz no uso de seus recursos humanos e, assim, jogando dinheiro pela janela. Portanto, julgamos útil explicar uma descrição de cargo ampla do assessor de Relações Públicas, buscando minimizar, na parte que nos diz respeito, o mau aproveitamento dos insumos de pessoal.
Cargo
Assessor de Relações Públicas
Objetivo:
*Otimizar o processo decisório organizacional nas políticas e atividades de Relações Públicas.
*Estabelecer a integração os grupos que afetam os objetivos da organização.
Funções
*Pesquisa, Planejamento, Assessoramento, Execução, Coordenação e Avaliação.
Tarefas:
Em Pesquisa:
*
Realiza e/ou manda realizar por empresas especializadas em sondagem de opinião, pesquisas de opinião e atitudes sobre a imagem, o conceito e a credibilidade da organização;
*
Coleta informações através da imprensa escrita, falada e televisionada;
*
Identifica e caracteriza os públicos (grupos que afetam os objetivos da empresa);
*
Realiza pesquisa de leitura e leitura e leiturabilidade;
*
Realiza pesquisa de hemerografia;
*
Coleta sugestões solicitações e queixas;
*
Analisa e interpreta os dados das pesquisas;
*
Experimenta novos métodos e técnicas de Relações Públicas.
Em Planejamento:
*
Elabora o planejamento de Relações Públicas, constituído de objetivos, estratégia, tarefas, cronogramas e orçamento;
*
Elabora programas de Relações Públicas;
*
Seleciona métodos e técnicas de Relações Públicas.
Em Assessoria:
*
Fornece pareceres, apresenta alternativas e recomenda atividades à decisão da Direção sobre: estratégia e políticas de Relações Públicas; políticas de propaganda institucional; política de mecenato (doações), motivação dos recursos humanos e política de responsabilidade social;
*
Assiste à Direção e qualquer elemento de organização em todas as oportunidades de representação da empresa.
Em Execução:
*Cria, redige, produz e distribui informações específicas do seu setor, tanto para a imprensa, como para outros públicos específicos;
*Supervisiona a criação e a produção de folhetos, cartazes, quadros de avisos, mostras, audiovisuais, filmes, relatórios e outras peças;
*Organiza e realiza atos culturais, como, congressos, conferências, seminários, encontros, etc.;
*Organiza e realiza atos sociais como, aniversários, jantares, coquetéis;
*Organiza e realiza eventos especiais, como, inaugurações, comemorações, visitas, open-house, viagens;
*Dirige o cerimonial;
*Redige discursos, mensagens etc;
*Organiza e assiste entrevistas individuais e/ou coletivas com a imprensa ou outros grupos;
*Visita líderes de opinião;
*Representa a empresa em atos públicos;
*Supervisiona o arquivo de públicos, de imprensa, fotográfico, clichês, fotolitos, discos, documentação etc;
*Administra material, pessoal e verba do seu setor;
*Informa à Direção de todos os problemas de Relações Públicas em potencial, recomendando soluções (10% do seu tempo);
*Emite e responde correspondência.
Em Coordenação:
*
Coordena as políticas e atividades das filiais e dos setores (departamento) da organização.
Em Avaliação:
*
Avalia os resultados dos planejamentos, programas, métodos e técnicas, orientando as reformulações ou esforços necessários.
Repórter
O assessor de Relações Públicas reporta-se à Direção, ligando-se, contudo, em nível técnico, administrativo e operacional a todos os setores da empresa.
Nível de instrução e experiência
Curso universitário de Relações Públicas e com uma experiência mínima de cinco anos.
Pessoal subordinado
O elemento principal de auxílio ao Assessor é o Assistente de Relações Públicas, cuja função é secundar o Assessor em suas atividades e realizar todas aquelas tarefas que venham a facilitar o trabalho da chefia. O nível de instrução deste elemento também deve ser universitário (pois será o substituto imediato em qualquer caso de ausência, em outras palavras, o "sombra"), no entanto não é necessário nenhuma experiência. Boa política, neste nível, é admitir estagiários.
Finalizando, sugerimos que no processo de administração, antes de formar o contrato de trabalho, seja realizado o contrato psicológico entre o Diretor e o Assessor, isto é, seja esmiuçada a descrição de cargo e as expectativas de ambas as partes quanto ao trabalho a ser realizado, a fim de que o assessor possa, saiba e queira desempenhar corretamente sua função e de que as expectativas da Direção não sejam frustradas, mas correspondidas e assim haja um diálogo ente as partes.
Originalmente publicado no número 8 do jornal O Público, órgão informativo da Associação Brasileira de Relações Públicas – Seção Estadual de São Paulo, em abril/maio de 1980, página 4.
A finalidade da criação deste blog é estimular o debate e a discussão entre profissionais e estudantes de Relações Públicas, e a forma como a profissão é vista no mercado de trabalho.
Nos últimos anos temos observado, com maior freqüência, o aumento de anúncios de vagas no mercado de trabalho requisitando graduandos e bacharéis com formação em RP.
O que nos preocupa é a distorção feita pelas empresas contratantes no que se refere às atividades que são desempenhadas por esse profissional. É comum verificarmos anúncios oferecendo vagas de recepcionista, promoter, secretária (o), vendedor (a), exigindo formação superior em RP e, de quebra, boa aparência.
Sabemos que a mudança de conceitos é um processo, e que não ocorre do dia para a noite, todavia o esclarecimento e o aumento de informações favorecem nessa quebra de paradigma.
Dessa forma, nosso grupo pretende postar várias matérias e entrevistas relacionadas com nossa proposta, que é a de levar mais informações aos diferentes públicos, no que se refere às técnicas e funções dos profissionais de RP, e estimular a discussão e troca de conteúdo entre graduandos e graduados de Relações Públicas.


Graduandos do 6º termo de Relações Públicas da Universidade Estadual Paulista – UNESP – campus de Bauru/SP

Marcos Roberto Moreno Pissoloto
Vinicius Baptistão Pires
Érika Beatriz Amorim Souza